top of page
Buscar
  • Foto do escritorCecilia Gomes

Eventos gratuitos e o que nos ensinam sobre a nossa sociedade

A verdade é que se você quiser, tem evento corporativo praticamente todo dia. Basta entrar no Sympla, Eventbrite… que você consegue algum evento MUITO bacana, sobre os mais diversos assuntos. Tem curso, workshop, palestra, seminário…


Muitos eventos são usados como chamariz para que as pessoas conheçam alguma organização, produto, serviço e, por isso, são vistos como investimentos de marketing. Ao querer usar o evento como porta de entrada, inúmeras vezes faz se a opção de oferecê-lo sem a cobrança de taxa de inscrição.


O grande problema com eventos gratuitos é que as pessoas (não você, caro(a) leitor(a), tenho certeza) vão se inscrevendo sem pensar realmente se tem interesse em participar ou mesmo condições de comparecer.


No Rio de Janeiro, é comum que a quebra (total de pessoas que faltam apesar de terem confirmado presença/feito inscrição) seja de mais de 50%.


Recentemente organizei um evento gratuito. Se inscreveram 140, compareceram 56. O local comportava 100 pessoas, então estávamos tranquilos. Mas e se todos os 140 comparecessem? Deixava as pessoas de pé e culpava essa prática que estranhamente se tornou comum?


E por ter se tornado comum, organizadores de eventos começam a ter que se defender das suas consequências e vão dando seu jeitinho.

Recentemente me deparei com as seguintes condições de inscrição em um evento que achei bem interessante e tenho até recomendado:

Pagando, você garante sua inscrição e, comparecendo, tem o seu dinheiro de volta cash ou em crédito para consumo no local. Caso não compareça, fica sem o dinheiro e sem o crédito.


Não pagando, você fica sujeito à lotação do espaço e entra se sobrar lugar.


A cobrança de R$ 10,00 pelo ingresso de um evento corporativo vai contra tudo que a economia do Grátis prega, já que a cobrança implica em colocar barreiras para a conversão.

Por outro lado, não cobrar significa ter que se preparar para receber muito mais gente do que realmente irá aparecer.


Não acho que seja o caso da criação da Associação Brasileira de Organizadores de Eventos Gratuitos, mas, me junto ao coro de gente graúda como Ana Fontes, Presidente RME (Rede Mulher Empreendedora), que no mês passado escreveu sobre isso e termina seu artigo no Linkedin com “Ser responsável na participação de eventos é uma demonstração de respeito e cidadania com o tempo e a dedicação de outras pessoas”.


Se queremos ser respeitados e ter líderes, políticos ou não, que nos respeitem, que tal começar a fazer um pouco a nossa parte entre nós e por nós mesmos?


Assim, da próxima vez que for se inscrever para um evento gratuito, pense se realmente vai poder participar.


Imprevistos acontecem e estamos todos sujeitos a eles. Caso aconteça algum e não seja possível participar do evento, mande uma mensagem para o organizador avisando que seu

bottom of page