Inteligência Artificial na gestão do financeiro
- Cecilia Gomes

- 8 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: 15 de jul.

A inteligência artificial já é uma realidade no nosso dia a dia, muitas vezes sem a gente nem se dar conta.
ChatGPT, Gemini, Midjourney, MS Copilot… a oferta é imensa e para as mais diferentes necessidades. Não sou especialista no assunto, apenas tenho tentado entender como usá-las para melhorar o meu dia a dia e as entregas para meus clientes.
Ferramentas de IA em geral, cada uma dentro da sua especialidade, têm grande potencial de automação de tarefas simples e são capazes de processar uma grande quantidade de informações de maneira muito mais rápida do que os seres humanos. Embora considere que pode-se pensar o seu uso para todas as áreas da empresa, vou puxar a sardinha para área financeira, com suas tarefas recorrentes, responsabilidades distribuídas e muitos números em jogo.
Então como faz para usar a Inteligência Artificial na gestão do financeiro?
Posso pegar várias sugestões de prompt, como essas que encontrei num blog:
“Prepare uma DRE mensal simplificada com base neste resumo: receitas totais, custos diretos, despesas operacionais fixas e variáveis. Em seguida, comente se há margem operacional saudável e o que posso melhorar.”
Ou
“Projete um fluxo de caixa para os próximos 3 meses. Inclua estimativas de entrada (vendas) e saída (custos, salários, ferramentas). Destaque possíveis déficits e sugira medidas preventivas.”
Os dois prompts tem duas coisas importantes em comum: buscam análises super relevantes para a gestão financeira de qualquer negócio, mas dependem do responsável financeiro inserir os números referentes a custos, despesas, receitas, margem de contribuição que permitirão uma análise concreta da situação.
Ou seja, podemos até usar a IA para nos ajudar a fazer estas e tantas outras análises, mas a IA não substitui o dia a dia do financeiro já que é preciso fazer um trabalho anterior de organização das informações financeiras, de compreensão dos números do negócio… Além disso, a pessoa precisa ser capaz de criticar a análise que ela vai receber e tomar as providências necessárias.
Infelizmente não tem como fugir de:
Entender os números do seu negócio (custo fixo, custo variável, despesas, margem de contribuição, ponto e equilíbrio) e ser capaz de classificar adequadamente cada valor que sai do seu caixa;
Fazer um orçamento base de funcionamento do seu negócio, considerando custos e despesas para cada etapa do seu negócio, que deverá servir de guia para análise mensal do executado;
Lançar custos, despesas e receitas em alguma ferramenta que permita a classificação, podendo ser uma planilha Excel ou, por exemplo, o Conta Azul;
Fazer a conciliação bancária, checar o movimento do banco (saídas e entradas de valores) e comparar com o que estava previsto;
Fazer o controle de fluxo de caixa, avaliando a capacidade de pagamento e de manutenção da operação funcionando;
Gerar relatórios para que todas as informações geradas acima “conversem” e possam ser analisadas.
Com o avanço das ferramentas já à disposição dos gestores, certamente a IA vai participar cada vez mais dos processos. Mas sem entender o que é preciso ser solicitado e sem compreender o que está sendo respondido, avança-se muito pouco. Fica parecendo aqueles livros de viagem que traziam umas frases em japonês e a pessoa boiava na resposta recebida.
Assim, se você está querendo usar o ChatGPT (ou similar) para melhorar sua gestão financeira, fica a pergunta: Como estão os seus processos e a geração de informações da área administrativa financeira, que vão permitir análises e uma tomada de decisão mais robusta?
Que tal usar esse momento para fazer uma revisão nos seus processos para a área, permitindo aproveitar cada vez mais a capacidade de automação das novas ferramentas? Bora conversar? Entre em contato através do e-mail cgomes@cgomes.com.br ou clique aqui.
Sobre a autora:
Cecilia Gomes é profissional com +25 anos de experiência em desenvolvimento de negócios e gestão de empresas. Consultora de Gestão Financeira para empresas e gestão de processos, atua também como CFO para PMEs. Como empreendedora, atuou no ramo de alimentação industrial, fornecendo alimentação para empresas da construção civil. Foi Diretora Financeira e de Operações por 10 anos da Ccaps Translation e Localization e por 4 anos do CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Foi Diretora de Marketing da ABMEN - Associação Brasileira dos Mentores de Negócio (2018 / 2019) e é mentora certificada PMBM de programas do B2Mamy, Inovativa Brasil e Founder Institute entre outros.
